Escleroterapia com espuma: entenda o tratamento!

dr marcos magalhães cirurgião medico vascular sao paulo (1) aplicacao-com-espuma

A escleroterapia com espuma é um dos tipos de tratamentos para eliminação de microvarizes e varizes, consistindo na aplicação de uma substância, em forma de espuma, conhecida como Polidocanol.

Esse tipo de escleroterapia consiste em método seguro e eficaz para o tratamento de microvarizes e varizes, principalmente em casos avançados de doença venosa, como as úlceras varicosas . É realizado em caráter ambulatorial, sem necessidade de anestesia ou repouso após o procedimento.

O tratamento é feito em sessões, com retornos regulares definidos pelo cirurgião vascular, sendo que o tempo de tratamento é variável e vai depender da quantidade de varizes a serem tratadas e da resposta do paciente. A cada retorno, a área tratada é revisada com eco-Doppler venoso.

É fundamental e necessário um estudo prévio da circulação venosa e mapeamento das veias com o exame de eco-Doppler dos membros inferiores.

Como é feita a escleroterapia com espuma?

O tratamento de varizes com espuma é simples e pode ser realizado sem a necessidade de internação ou anestesia.  A espuma é feita através da mistura do medicamento polidocanol com um gás (ar ambiente ou gás carbônico). É realizada a localização e punção da veia doente com auxílio de um ultrassom e injeção da espuma dentro do vaso. A partir daí, o contato da espuma com a parede interna da veia vai gerar uma inflamação, iniciando o processo de fechamento do vaso que vai ocorrer com o passar dos dias. O resultado final é a oclusão completa do veia, sendo que o fluxo sanguíneo será redirecionado para as veias normais.

É importante saber que a aplicação de varizes com espuma, como é chamada popularmente, pode causar um leve desconforto durante as punções das veias, mas é algo muito tranquilo e tolerável por todos os pacientes.

Qual é a recomendação para depois que o tratamento de escleroterapia com espuma é realizado?

O paciente que realizou a escleroterapia com espuma pode voltar às suas atividades do dia a dia logo após a sessão, não sendo necessário interromper o seu cotidiano. No entanto, é importante evitar exercícios muito vigorosos e a exposição solar direta. Deve-se evitar viagens longas (maiores do que 4 horas) na primeira semana de tratamento.

Logo após a sessão de aplicação, o paciente deverá usar meias elásticas de alta compressão, indicadas pelo cirurgião vascular, e caminhar por 10 a 15 minutos. O uso das meias elásticas durante o tratamento é muito importante para atingir o resultado esperado e evitar complicações.

Com o passar dos dias, pode acontecer um leve desconforto nas veias tratadas devido à inflamação das mesmas, facilmente tratadas com medicações analgésicas simples e cremes específicos.

É importante que o paciente não fique em repouso e mantenha as suas atividades diárias para evitar complicações.

Há algum risco em fazer escleroterapia com espuma?

Se você está querendo saber o que é escleroterapia com espuma e possui medo de ter algum efeito colateral, saiba que esse é um procedimento seguro e com baixa taxa de complicações.

Os efeitos colaterais mais frequentes são a inflamação das veias tratadas (flebites) e pigmentação residual da pele. As flebites superficiais são transitórias e  facilmente tratadas com analgésicos simples, anti-inflamatórios, compressas mornas e cremes. Em casos específicos, é necessária a drenagem de alguns coágulos para acelerar a resolução do processo. As pigmentações da pele acontecem com uma frequência maior do que em outros tipos de escleroterapia e dependem do calibre e profundidade da veia tratada, da concentração da medicação utilizada na mistura, da cor da pele, uso adequado da compressão e se houve exposição solar direta. Entretanto, a boa notícia é que a grande maioria dessas pigmentações, que eventualmente possam surgir, se resolvem espontaneamente. Portanto, é fundamental que o cirurgião vascular avalie cada caso individualmente.

Contra-Indicações

Absolutas:

  • alergia conhecida ao esclerosante (polidocanol)
  • trombose venosa profunda aguda
  • embolia pulmonar aguda
  • infecção da área a ser tratada ou infecção sistêmica
  • imobilização prolongada
  • Forame oval patente sintomático

Relativas:

  • gestação (deve-se evitar)
  • amamentação (deve-se evitar)
  • história de alergia importante
  • estados de hipercoagulabilidade (trombofilias / câncer ativo)
  • sintomas neurológicos prévios após escleroterapia

É importante frisar que pacientes com histórico antigo de trombose venosa profunda e aqueles em uso de anticoagulantes não têm contra-indicação ao tratamento de escleroterapia com espuma.

A escleroterapia com espuma é um tratamento definitivo?

É importante frisar que a escleroterapia com espuma trata-se de um tratamento seguro e eficaz, com melhora na qualidade de vida e dos sintomas relacionados à doença venosa crônica. As veias tratadas, na grande maioria dos casos, ficam fibrosadas e não recidivam. Entretanto, em alguns casos, pode haver recanalização da veia a partir de 2 a 3 anos, especialmente veias muito calibrosas. Isto não é um problema, pois podemos fazer nova aplicação de espuma. O paciente deve estar ciente que esse problema tem um caráter hereditário e novas varizes podem surgir. Os maus hábitos de saúde podem favorecer o aparecimento de novas varizes, sendo necessário uma mudança no estilo de vida para que um resultado satisfatório e a expectativa do paciente sejam atingidos. 

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